Segundo Paim, apesar do Poder Judiciário conceder autorizações para a importação do medicamento, o processo é extremamente custoso, o que exclui a maioria dos pacientes que poderiam se beneficiar do tratamento. O senador destacou que o relatório Impacto Econômico da Cannabis, elaborado pela Kaya Mindi, aponta que aproximadamente 6 milhões de brasileiros poderiam ser diretamente beneficiados com a introdução do canabidiol medicinal no tratamento de uma ampla gama de doenças.
O senador também chamou atenção para o reconhecimento das propriedades terapêuticas da Cannabis pela comunidade médica internacional. Ele afirmou que a substância pode ser eficaz no tratamento de diversas enfermidades, além de ajudar na redução de dores crônicas associadas a condições como Alzheimer, Parkinson, glaucoma, depressão, autismo, fibromialgia e distúrbios do sono.
Durante seu discurso, Paim ressaltou a importância de garantir o acesso ao canabidiol para a população mais vulnerável, criticando a disparidade no acesso ao medicamento entre a população de diferentes classes sociais. Ele questionou por que a Anvisa libera o uso do canabidiol para aqueles que têm condições financeiras de comprar, mas não assegura o acesso para os mais necessitados.
O parlamentar fez um apelo emocionado, destacando que a questão vai além das fronteiras e requer uma abordagem global. Ele enfatizou a necessidade de agir em nome daqueles que sofrem, garantindo que o direito à saúde seja verdadeiramente universal e igualitário no Brasil. Para Paim, o país tem a oportunidade de dar um passo significativo em direção a um sistema de saúde mais humanitário.
O pronunciamento do senador Paulo Paim reflete a preocupação crescente com o acesso a tratamentos de saúde eficazes e acessíveis para todos os cidadãos brasileiros, independentemente de sua situação econômica. A defesa do uso medicinal do canabidiol no SUS mostra a busca por uma abordagem mais abrangente e humana no sistema de saúde do país.