O líder republicano foi incisivo ao afirmar que a entrada de milhões de imigrantes representava uma ameaça, causando impactos em áreas como saúde e segurança pública, adotando uma visão xenofóbica e negativa em relação à imigração. A forma como as declarações foram feitas, além de causar grande repercussão na opinião pública, também geraram um clima de ressentimento entre diversos setores políticos, mesmo entre os republicanos.
As duras críticas vieram de diversos setores, incluindo o Democratas e organizações de defesa dos direitos civis. Uma das maiores associações de direitos civis do país, a Liga de Cidadãos Latinos Americanos (Lulac), emitiu um comunicado se unindo à Liga Antidifamação (ADL) para condenar os comentários do ex-presidente. O presidente da Lulac, Domingo García, chegou a avaliar que as declarações de Trump lembravam a linguagem utilizada por Hitler e o regime nazista.
Outro líder de destaque, Jonathan Greenblatt, diretor-geral da Liga Antidifamação, alertou para o potencial perigo das declarações de Trump, destacando o risco de incitar ódio e violência. Mesmo na Casa Branca, as declarações de Trump foram condenadas, com um porta-voz apontando que repetir retórica grotesca de fascistas e supremacistas brancos violentos é perigoso para a democracia e a segurança do país.
Essas declarações causaram um abalo até mesmo no seio do Partido Republicano, dividindo opiniões. Alguns minimizaram o impacto, enquanto outros condenaram veementemente os comentários do ex-presidente. Essa divergência sobre o tema demonstra a sensibilidade que o assunto da imigração gera nos Estados Unidos, ainda mais em um momento de crise migratória, com milhões de imigrantes interceptados este ano na fronteira com o país.
