De acordo com o Comitê, as medidas restritivas foram aplicadas em conteúdos de todos os idiomas, procedentes de Israel e Gaza. Apesar do reconhecimento do benefício desse sistema, o órgão afirma que a limitação dessa política aumenta o risco de a Meta remover, por engano, conteúdos relacionados ao conflito que não violam as regras. Além disso, o Comitê destacou que as publicações que são denunciadas são removidas rapidamente, se consideradas de alto risco ou provenientes de usuários desconhecidos.
O comunicado do Comitê de Supervisão usou dois casos específicos para embasar suas críticas. Um deles trata de um vídeo publicado no Facebook que mostra uma mulher israelense implorando aos seus sequestradores para não matá-la durante o ataque do Hamas em 7 de outubro. O outro vídeo, publicado no Instagram, mostra palestinos mortos e feridos, incluindo crianças, após um ataque perto do hospital Al Shifa, em Gaza, durante a ofensiva terrestre israelense.
No entanto, o Comitê de Supervisão revogou a decisão inicial da Meta de remover o conteúdo de suas plataformas e aprovou a decisão posterior da empresa de restaurar as publicações com um alerta. Por fim, o Comitê argumentou que a Meta deveria ter agido mais rapidamente para adaptar sua política, dada a natureza mutável e de alto risco das circunstâncias do conflito entre Israel e o grupo Hamas.
Essas críticas do Comitê de Supervisão da Meta sinalizam as tensões entre liberdade de expressão e moderação de conteúdo, especialmente em situações de conflito e crises internacionais. A posição do órgão reforça a necessidade de equilibrar a proteção contra discursos de ódio e violência com o direito à informação e à liberdade de expressão.