Crise humanitária em Gaza: ONU deve votar por cessar-fogo urgente enquanto bombardeios atingem território palestino e ameaçam Mar Vermelho.

Recentemente, a Faixa de Gaza foi novamente atingida por bombardeios em meio ao crescente número de pedidos para evitar mortes de civis na região devastada e os temores de que o conflito se estenda até o Mar Vermelho. O Conselho de Segurança da ONU tem uma votação prevista para esta terça-feira, com objetivo de promover um “cessar urgente e duradouro das hostilidades” no território sitiado, após diversos vetos dos Estados Unidos.

A guerra em Gaza começou com um ataque violento do Hamas em 7 de outubro, levando à morte de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, e ao sequestro de quase 250, de acordo com as autoridades israelenses. Por outro lado, o Ministério da Saúde do Hamas alega que ao menos 19.600 pessoas, a maioria mulheres e crianças, morreram na ofensiva de Israel em resposta ao ataque.

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A situação tem se agravado com a recente morte de pelo menos 20 pessoas em um bombardeio israelense em Rafah, próximo à fronteira de Gaza com o Egito, e bombardeios em Khan Yunis, no centro da Faixa. A comunidade internacional está receosa de que o conflito atinja o Mar Vermelho, onde os rebeldes huthis do Iêmen, aliados do Hamas, realizaram atentados com drones e mísseis contra navios.

A ameaça desses ataques para o comércio mundial preocupa autoridades internacionais, e o secretário americano de Defesa, Lloyd Austin, alertou sobre os riscos para o trânsito marítimo. Relatos de testemunhas em Rafah constataram que pessoas têm vasculhado os escombros de um edifício bombardeado, enquanto dezenas de milhares fugiram dos ataques no norte para essa cidade.

Além disso, o hospital Al Ahli, um dos últimos centros de saúde em operação na região, ficou inoperável após ser alvo de um ataque do Exército israelense. A preocupação aumenta com a situação dos 2,4 milhões moradores de Gaza, que enfrentam bombardeios diários, escassez de água, alimentos e deslocamentos em massa.

A situação é particularmente preocupante para as crianças, visto que Gaza é descrito como o lugar “mais perigoso do mundo” para um menor de idade. O ministro britânico de Relações Exteriores, juntamente com outros líderes internacionais, está pressionando por um “cessar-fogo sustentável” nas negociações sobre o projeto de resolução, preparado pelos Emirados Árabes Unidos, que será votado pelo Conselho de Segurança.

No entanto, a votação programada para segunda-feira foi adiada e a preocupação recai sobre a situação dos reféns em Gaza, que dependem da obtenção de uma trégua para serem libertados. Essa tensão evidencia a necessidade de uma resolução imediata para o conflito devastador na Faixa de Gaza.

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