Layla Khan, de Immingham, iniciou o tratamento em 25 de novembro, mas apenas dez dias depois começou a ter dores de cabeça, e no final da semana começou a vomitar. Quando a família contactou os serviços de emergência, foram avisados de “não havia sinais de alerta” e que deveriam apenas levá-la para um check-up na manhã seguinte. No entanto, pouco tempo depois, ela desmaiou no banheiro de sua casa e foi levada para o hospital, onde o coágulo no cérebro foi identificado por tomografia computadorizada. Layla entrou em uma operação de emergência, mas morreu dois dias depois.
A morte de Layla deixou uma família dilacerada, com uma prima afirmando: “Não há palavras para descrever a dor que estou sentindo. Nossa família está devastada. Primeiro foi a vovó e agora a Layla. Por estar perto do Natal, a dor é ainda maior.”
Os médicos britânicos não fizeram uma associação direta entre o coágulo e o anticoncepcional, mas o risco de trombose está associado ao estrogênio. Ele é o principal responsável pelo aumento dos fatores de coagulação e, portanto, quanto maior a dose desse hormônio, maior é o risco de desenvolver a doença. Apenas as pílulas combinadas de estrogênio e progesterona apresentam alguma possibilidade de causar trombose.
Os contraceptivos não hormonais, como o DIU de cobre, o diafragma e a camisinha, não interferem nos hormônios e, por isso, estão longe de causar trombose.
Esse caso trágico ressalta a importância de discutir abertamente as opções contraceptivas e os riscos associados a cada tipo de anticoncepcional. A segurança e o bem-estar das pacientes devem ser uma prioridade para os profissionais de saúde ao prescrever métodos contraceptivos.