Justiça de SP torna réus policiais acusados de matar homem durante Operação Escudo em Guarujá e afasta os PMs das atividades.

A Justiça de São Paulo acatou o pedido do Ministério Público e decidiu tornar réus os policiais militares Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira, acusados de matar um homem em Guarujá (SP) durante a Operação Escudo. Além disso, os dois policiais foram afastados das atividades de policiamento ostensivo.
O Ministério Público de São Paulo denunciou os policiais após analisar imagens das câmeras corporais, colher depoimentos de testemunhas, ouvir a versão dos agentes e confrontar todos esses dados com os laudos periciais produzidos no curso da investigação. A operação policial, realizada na Baixada Santista, foi alvo de críticas devido ao alto índice de letalidade, resultando na morte de 28 civis.
A ação foi uma reação da Polícia Militar à morte do soldado Patrick Bastos Reis, pertencente à Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi baleado e morto em Guarujá. Além dos dois PMs acusados, o Ministério Público informou que há outros 25 Procedimentos Investigatórios Criminais em andamento para esclarecer as mortes decorrentes da Operação Escudo, assim como um Procedimento Administrativo de Acompanhamento das investigações.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que está analisando a denúncia oferecida pelo Ministério Público e acatada pela Justiça, e que entende que a promotoria exerce seu papel legal de apresentar uma denúncia-crime mesmo que baseada em indícios, que podem ou não ser confirmados ao final do processo legal. A SSP também destacou que a existência da denúncia não desqualificaria a operação, que resultou na prisão de 976 suspeitos, apreensão de 119 armas e quase uma tonelada de drogas em 40 dias.
A Secretaria afirmou que cumprirá a determinação judicial de afastamento dos policiais e destacou que a matéria foi atualizada para incluir o posicionamento da SSP.

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