O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, explicou que a ideia é proporcionar às vítimas a possibilidade de bloquear rapidamente seus dispositivos e evitar a agonia de ter que fazer várias ligações para bloquear a linha, aplicativos bancários e outras funcionalidades que expõem os usuários a crimes financeiros e golpes. Além disso, a plataforma também tem como objetivo reduzir a atratividade dos roubos e desestimular a receptação de aparelhos roubados, segundo Capelli.
A parceria para o desenvolvimento do Celular Seguro envolveu o Ministério da Justiça, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O aplicativo já está disponível para sistemas Android e IOS, e o serviço pode ser acessado através do site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Para utilizar o aplicativo, o usuário deve fazer login por meio da conta gov.br e cadastrar seu aparelho, informando o número, marca e modelo. O sistema também permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário. Em caso de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança poderá registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo.
Porém, o bloqueio da linha telefônica, por meio do chip, estará disponível no aplicativo a partir de 9 de fevereiro. Até lá, será preciso continuar bloqueando a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.
De acordo com o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, foram registrados 999.223 roubos e furtos de celulares no país. No entanto, Capelli ressaltou que a subnotificação desse tipo de crime ainda é muito grande em função dos obstáculos que os usuários enfrentam para fazer o bloqueio da linha e do aparelho.
O lançamento do Celular Seguro também contou com a assinatura de memorandos com diversas instituições financeiras, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itaú, entre outros. Além disso, protocolos de intenções foram firmados com empresas como Google, Uber, 99, Zetta, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e empresas de telefonia como Claro, Vivo e TIM.
A expectativa é que a nova plataforma contribua para reduzir a incidência de roubos e furtos de celulares, bem como ofereça mais agilidade e praticidade para os usuários no bloqueio de seus dispositivos em casos de emergência.
