Entretanto, a decisão condiciona a demolição ao atendimento de realocação habitacional definitiva e determinou a identificação e realização de laudos individualizados para cada imóvel a ser demolido. O magistrado destacou que a realocação de pessoas é a última solução a ser realizada, enfatizando a importância de conservar o local onde as pessoas criaram suas histórias de vida.
Inicialmente, o governo estadual havia solicitado a autorização para demolir 893 imóveis, mas após protestos dos moradores e uma reunião organizada pela Defensoria Pública, a ação foi alterada. A população local reclama de não ter sido ouvida sobre o processo que prevê remoções e a reurbanização do bairro.
A Associação de Moradores da Vila Sahy estima que cerca de 4 mil pessoas moram nas casas que podem ser demolidas e organizou protestos contra a remoção dos moradores. O governo está finalizando prédios construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) para atender à população que será removida, com previsão de entrega ainda este mês nos bairros de Baleia Verde e Maresias. Além disso, está prevista a construção de unidades habitacionais na Topolândia, próximo ao núcleo urbano de São Sebastião e na própria Vila Sahy.
Foi determinada a realização de uma audiência pública e a comunicação prévia dos proprietários antes do início das demolições. O governo afirma que serão construídas 704 residências em três empreendimentos nos bairros de Baleia Verde e Maresias, e 262 na Topolândia. No entanto, não há especificação de quantas residências seriam erguidas na própria Vila Sahy. A decisão judicial visa garantir a segurança e o bem-estar dos moradores da região, mas ainda levanta incertezas e preocupações quanto ao processo de realocação e reurbanização.