Ministério da Gestão e da Inovação propõe reajuste de benefícios, mas descarta aumento salarial para servidores públicos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou ontem (18) uma proposta de reajuste nos benefícios pagos aos servidores públicos, mas descartou a possibilidade de reajuste salarial. De acordo com a proposta do governo, haveria um aumento de 51,9% no auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, passando de R$ 658 para R$ 1 mil. Além disso, o governo sugeriu um incremento no auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90, e um aumento no auxílio-saúde, de R$ 144,38 para aproximadamente R$ 215.

Segundo o MGI, servidores com as menores remunerações e que recebem simultaneamente os três benefícios passariam a auferir um aumento na remuneração total que chega a 23%. No entanto, a proposta não foi bem recebida por algumas entidades representativas dos servidores públicos. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) afirmou que a reunião da mesa de negociação “frustrou a expectativa dos servidores que aguardavam uma proposta concreta de reajuste para 2024” e que a proposta prejudica aposentados e pensionistas.

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF) também se manifestou contra a proposta, considerando o ganho insuficiente nos benefícios. Em uma assembleia realizada pelo Sindsep-DF, a categoria se manifestou contra a oferta do governo federal. O Condsef aguarda a formalização da proposta para convocar uma reunião do conselho deliberativo das entidades que representam os servidores públicos nos demais estados.

A imprensa entrou em contato com a assessoria de imprensa do MGI para obter um posicionamento oficial sobre as declarações das entidades representantes dos servidores públicos, mas até o fechamento deste artigo, não obteve retorno.

A proposta de reajuste nos benefícios para os servidores públicos gerou debates e descontentamento entre as entidades representativas, demonstrando a complexidade e sensibilidade das negociações entre o governo e os servidores. A situação permanece em aberto, e aguarda-se a formalização da proposta e possíveis desdobramentos nas negociações.

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