Navios porta-contêineres desviam da rota tradicional na África devido a ataques de militantes Houthi e causam atraso no comércio

Os impactos da guerra no Mar Vermelho não se limitaram à área de confronto entre Israel e os militantes do Hamas. Dezenas de navios porta-contêineres que transportam produtos manufaturados da Ásia para a Europa estão fazendo desvios em torno da África, o que tem dificultado o comércio e atrasado as entregas de cargas. Os ataques de militantes Houthi à frota mercante têm gerado preocupação entre as empresas navais, que buscam soluções para manter a segurança de seus navios.

A Maersk, uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo, anunciou o desvio de sua frota em torno da África em resposta aos ataques dos militantes Houthi, que prometeram atacar qualquer navio mercante associado a Israel. A preocupação com a segurança dos navios tem demandado medidas extras por parte das empresas de transporte marítimo e do governo dos EUA. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou a criação de uma força-tarefa para proteger os navios comerciais que viajam pela área.

A resposta militar internacional é dificultada pelas preocupações na região, que teme que uma abordagem excessivamente beligerante possa piorar as coisas. Além disso, a via marítima afetada é vital para o transporte de petróleo, o que contribuiu para o aumento nos preços da commodity. Empresas de navegação manifestaram preocupação com os impactos dos desvios em torno da África, que acrescentam semanas ao prazo de entrega das cargas.

Os preços do petróleo subiram com a resposta das empresas aos ataques. A BP, por exemplo, disse que irá suspender todos os embarques através do Mar Vermelho. A interrupção das rotas pela região representa 95% de toda a capacidade de transporte implantada por meio do Canal de Suez, o que mostra a amplitude dos impactos da guerra no transporte marítimo e nos preços globais do petróleo. Além disso, existem 67 navios porta-contêineres que foram desviados ao redor do Cabo da Boa Esperança e outros 75 que estão aguardando instruções sobre como proceder.

Portanto, a situação aflige empresas de transporte marítimo, governos e especialistas em comércio internacional, que buscam soluções para manter a segurança e a eficiência do transporte de cargas. A guerra no Mar Vermelho tem gerado uma série de desafios para o comércio global e a rota de transporte de petróleo, demandando a busca de soluções e medidas políticas para reduzir os impactos negativos dessa situação complexa.

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