O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou que as alegações de irregularidades relatadas tanto pela OSCE quanto por outras equipes de observadores eleitorais devem ser investigadas. Ele acrescentou que a violência direcionada às autoridades eleitorais, jornalistas e observadores credenciados é inaceitável. Miller também instou a Sérvia a trabalhar com a OSCE para abordar essas preocupações.
Os resultados finais anunciados pela comissão eleitoral da Sérvia indicaram que o partido SNS, do presidente Aleksandar Vucic, venceu com 46,7% dos votos, à frente da coalizão de oposição “Sérvia contra a violência”, que obteve 23,5% dos votos. Observadores internacionais afirmam que ocorreram irregularidades nas eleições, incluindo a “compra de votos” e o “preenchimento de urnas”.
Miller não comentou como as eleições parlamentares e locais afetariam as relações com o presidente Vucic, que não estava nas cédulas do partido SNS. Após a divulgação dos resultados, milhares de pessoas se reuniram em frente à comissão eleitoral para pedir a anulação dos resultados e a renúncia de Vucic. A coalizão de oposição denunciou que milhares votaram na capital sem serem residentes, entre outras anomalias.
A Alemanha qualificou as irregularidades eleitorais no país dos Bálcãs como “inaceitáveis” para um país que espera se tornar membro da União Europeia. Enquanto isso, o bloco comunitário afirmou que o “processo eleitoral na Sérvia requer melhorias tangíveis e mais reformas”.
A falta de transparência e as violações das regras eleitorais na Sérvia têm gerado críticas internacionais e alimentado a tensão no país. Com o apoio e a pressão dos Estados Unidos e da União Europeia, espera-se que a Sérvia tome medidas para abordar as irregularidades relatadas e promover um processo eleitoral mais justo e transparente.
