Tribunal Superior de Justiça de Londres examinará novo recurso de Julian Assange contra extradição aos EUA em fevereiro.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, terá mais uma chance de evitar sua extradição para os Estados Unidos. A decisão será tomada pelo Tribunal Superior de Justiça de Londres em fevereiro, após um pedido de recurso feito pelos apoiadores de Assange. Segundo o grupo “Free Assange”, a audiência, marcada para os dias 20 e 21 de fevereiro, poderá ser a última oportunidade do ativista evitar a entrega para as autoridades americanas.

Dois juízes vão revisar a decisão do Tribunal Superior, que anteriormente negou permissão para Assange recorrer. Após a audiência, o fundador do WikiLeaks terá outras oportunidades de defender seu caso nos tribunais britânicos. No entanto, caso todos os recursos se esgotem, não haverá possibilidade de recurso adicional no Reino Unido.

O australiano de 52 anos está sendo processado nos Estados Unidos por vazar mais de 700 mil documentos confidenciais desde 2010. Se condenado, Assange corre o risco de pegar 175 anos de prisão, sendo acusado de espionagem. Preso pela polícia britânica em 2019, após passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, Assange enfrenta um longo processo de extradição. Ele permaneceu escondido na embaixada para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de agressão sexual.

Os apoiadores de Assange o caracterizam como um mártir da liberdade de imprensa, enquanto o governo britânico já havia aceitado sua extradição em junho de 2022. O atraso na execução da entrega para os Estados Unidos foi devido a recursos judiciais e pedidos de clemência. Em julho, sua esposa, Stella Assange, apelou diretamente ao presidente americano, Joe Biden, pedindo clemência para seu marido.

A situação de Julian Assange ainda é incerta, e a nova audiência em fevereiro traz esperança para seus seguidores, que continuam a lutar por sua libertação. O ativista é um dos principais ícones da luta pela liberdade de expressão e é considerado por muitos como um herói da era digital. Sua batalha judicial continua a alimentar debates sobre a liberdade de imprensa e os limites da divulgação de informações confidenciais.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo