Atividade Econômica Brasileira tem Terceira Queda Consecutiva em Outubro, Revela Banco Central

No terceiro mês consecutivo, a atividade econômica brasileira apresentou queda em outubro, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (20). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou uma redução de 0,06% em outubro em relação ao mês anterior, segundo dados dessazonalizados.

O IBC-Br atingiu 145,65 pontos em outubro, representando um aumento de 1,54% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo em 2,19%. Vale ressaltar que o indicador apresentou alta em junho e julho, seguida de retração em agosto e setembro.

O IBC-Br é um importante índice que reflete a evolução da atividade econômica do país e auxilia o Banco Central nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está definida em 11,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Em um cenário de aumento da Selic, a finalidade é controlar a demanda aquecida, o que pode impactar os preços e a inflação. Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais acessível, estimulando a produção e o consumo e, consequentemente, a atividade econômica.

O Banco Central realizou quatro cortes na taxa de juros no segundo semestre, em um ciclo que deve continuar com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. No entanto, o BC não adiantou quando pretende parar de reduzir a Selic, informando que o momento irá depender do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.

A contração econômica gerada pela pandemia de covid-19 levou o Banco Central a reduzir a taxa de juros para 2% ao ano, atingindo o nível mais baixo da série histórica. Após um ano nesse patamar, a taxa foi elevada em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis, chegando a 13,75% ao ano.

O IBC-Br, divulgado mensalmente, emprega uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, e teve um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre deste ano, superando as projeções.

Em resumo, os dados divulgados pelo Banco Central apontam para desafios na economia brasileira, mas também mostram sinais de recuperação, especialmente no que diz respeito ao crescimento do PIB. A evolução da atividade econômica e a gestão da taxa de juros continuarão sendo aspectos fundamentais para a retomada do crescimento econômico do país.

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