Ativistas indígenas protestam na Guatemala em repúdio à corrupção e ao Ministério Público.

Líderes indígenas e ativistas marcharam na capital da Guatemala em uma peregrinação natalina em repúdio à corrupção e às ações do Ministério Público para anular a votação que elegeu o opositor Bernardo Arévalo para assumir a Presidência em 14 de janeiro.

A manifestação teve caráter pacífico e reuniu centenas de pessoas, que passaram pelas sedes do Ministério Público e da Suprema Corte, no centro da capital. Durante a marcha, os manifestantes participaram da chamada “Posada por la Democracia”, uma celebração que antecede o Natal, levando consigo um pequeno presépio para lembrar o nascimento de Jesus, e entoando cânticos tradicionais com lemas anticorrupção.

O líder maia Misrahi Xoquic ressaltou a importância de não baixar a guarda diante dos corruptos, afirmando que “pode-se esperar qualquer coisa desses corruptos”. Ele expressou suas preocupações em frente à Suprema Corte na noite da terça-feira, reforçando o intuito do movimento em exigir transparência e democracia nas próximas ações políticas.

O movimento liderado por líderes indígenas e outros grupos sociais tem como objetivo principal exigir a renúncia da procuradora-geral, Consuelo Porras, apontada pelos Estados Unidos como “corrupta” e “antidemocrática”. Além disso, acusam-na de impulsionar investigações com o objetivo de evitar que o social-democrata Arévalo assuma o poder após vencer as eleições.

Em entrevista exclusiva à AFP, Bernardo Arévalo denunciou que o Ministério Público realiza um “golpe de Estado” para anular o resultado das eleições. Após a decisão da Corte de Constitucionalidade de “bloquear” o suposto “golpe”, a instância judicial ordenou ao Congresso “garantir” a sua posse, um sinal de apoio ao presidente eleito.

A peregrinação natalina, denominada “Posadas por la Democracia”, está programada para ocorrer diariamente até a véspera de Natal, partindo da sede do MP até o Congresso, a Corte de Constitucionalidade e a Casa Presidencial. O movimento representa um protesto pacífico em prol da manutenção da democracia e da transparência nas ações políticas do país.

Portanto, a manifestação liderada por líderes indígenas e ativistas reforça a importância da participação popular na defesa dos princípios democráticos e do combate à corrupção para garantir um futuro mais justo e transparente para o país.

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