Repórter Recife – PE – Brasil

Como enfrentar a solidão no Natal: Percepções e conselhos de quem vivencia o isolamento festivo

Neste Natal, muitas pessoas enfrentam um momento especialmente solitário devido à falta de família ou amigos próximos. Esse é o caso de Renate Bello, uma mulher de 56 anos que passará as festas cuidando dos cachorros de sua vizinha em Easthampton, Massachusetts, como já fez no Dia de Ação de Graças. Para ela, as festividades natalinas podem ser um momento especialmente solitário, já que não tem família ou amigos próximos para compartilhar esses momentos.

Renate tem um negócio de faturamento médico que muitas vezes requer longas horas em casa, contribuindo para seu isolamento. Ela admite que, às vezes, sente-se “inadequada”, como uma estranha. Sentir-se solitário pode carregar um estigma em nossa sociedade, com as pessoas que experimentam a solidão indesejada supondo que são antipáticas ou indesejáveis. No entanto, a verdade é que a solidão é uma experiência humana universal e tão comum como fome ou sede. Segundo Vivek H. Murthy, cirurgião-geral e autor de “O poder curativo das relações humanas: A importância dos relacionamentos em um mundo cada vez mais solitário”, não há motivo para se envergonhar de ser humano.

Especialistas destacam que as conexões sociais estão relacionadas à saúde do coração, à saúde cerebral e à imunidade, mas muitas pessoas ainda se sentem solitárias, independentemente do número de amigos que têm. A autora Val Walker, de 69 anos, trabalhou muito para criar uma rede social sólida, mas recentemente experimentou um nível totalmente diferente de solidão devido à ausência de amigos disponíveis quando mais precisava deles.

Cultivar relacionamentos e oferecer apoio aos outros são algumas das maneiras sugeridas para superar o estigma e encontrar ou restabelecer conexões. Empenho e honestidade são cruciais para fortalecer essas conexões, de acordo com Vivek Murhty. Experimentar a conexão genuína com outras pessoas, seja através de uma ligação telefônica, videochamada ou encontro presencial, pode transformar a forma como nos sentimos em relação à solidão.

Louise Hawkley, cientista que pesquisa a solidão na Universidade de Chicago, destaca a importância de procurar lugares e pessoas com interesses e valores comuns para cultivar conexões significativas. Além disso, buscar por semelhanças, oferecer apoio aos outros e procurar oportunidades para se voluntariar são dicas adicionais para enfrentar a solidão.

Portanto, se você está enfrentando a solidão neste Natal, lembre-se de que a solidão é uma experiência humana universal e existem maneiras de superar o estigma e encontrar ou restabelecer conexões sociais. Busque oportunidades para potencializar suas conexões com outros seres humanos e ofereça apoio aos que estão ao seu redor.

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