Emmanuel Macron declara que controversa lei migratória é o “escudo que nos faltava” e gera crise na maioria presidencial.

O presidente francês, Emmanuel Macron, causou polêmica ao expressar seu apoio à lei migratória aprovada pelo Parlamento, argumentando que ela é o “escudo que nos faltava”. A declaração veio em meio a críticas e tensões provocadas pela aprovação do texto, que contou com o apoio da ultradireita.

Macron enfatizou que a responsabilidade de governar exige a tomada de decisões difíceis e que a nova lei visa acalmar a população, enquanto proporciona um maior controle sobre a imigração e garante a segurança do país. No entanto, sua declaração foi contestada por membros de seu próprio governo e da maioria presidencial, o que evidenciou a divisão que a aprovação da lei causou no país.

A discordância em relação à lei migratória também resultou na renúncia do ministro da Saúde, Aurélien Rousseau, que não concordava com o texto aprovado. Sua atitude chamou a atenção para a falta de consenso em relação à legislação, mesmo entre membros da base aliada de Macron.

Um dos pontos mais controversos da nova lei é o condicionamento dos benefícios sociais para estrangeiros não comunitários a uma permanência mínima de cinco anos no território, ou de 30 meses caso a pessoa esteja empregada. Além disso, a legislação também prevê a possibilidade de estabelecer cotas migratórias e a retirada da cidadania francesa de condenados por homicídio com dupla nacionalidade.

A aprovação da lei migratória e a reação que ela provocou mostram que o assunto é extremamente sensível e controverso na França, refletindo as divergências e tensões existentes em relação às políticas de imigração. A controvérsia em torno da nova legislação evidencia a complexidade do tema e como ele continua sendo um ponto de divisão e debate acalorado no país.

Assim, a postura de Macron em defesa da lei migratória, apesar das discordâncias internas, indica uma posição firme em relação ao tema, mas também revela a fragmentação e a falta de unidade no seio do governo e da maioria presidencial. A questão migratória continua a ser um dos principais desafios enfrentados pelo presidente francês em seu mandato e promete continuar gerando controvérsias e debates acalorados no futuro.

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