O vulcão havia entrado em erupção na noite de segunda-feira (18), em uma região na qual a atividade sísmica era muito intensa desde o início de novembro. A atividade vulcânica continuou nesta quarta, mas com uma intensidade muito menor.
A erupção é a quarta nos últimos anos e ocorreu a cerca de três quilômetros do pequeno porto de Grindavik, cujos habitantes deixaram a área no início de novembro devido ao grande acúmulo de magma. Anna Dora, vendedora de 60 anos em Reykjavik, que fica cerca de 40 km a nordeste do vulcão, comentou: “Todos estão entusiasmados, mas calmos. Estamos acostumados. É sobre a Islândia e a força da natureza”.
Arnar Flokason, de 37 anos, que trabalha em uma usina geotérmica localizada a apenas dois quilômetros do vulcão, acrescentou: “Estou muito perto (da erupção), mas está tudo bem. Foi grande no início, mas agora diminuiu. Não estou mais preocupado”. Lukasz Wrobel, que nasceu na Polônia e mora na ilha desde criança, acredita que a erupção se tornará uma atração turística e favorecerá a economia.
Localizada entre as placas tectônicas eurasiáticas e norte-americana, a Islândia é uma das regiões vulcânicas mais ativas do planeta, com 33 vulcões ou sistemas vulcânicos catalogados como ativos.
A situação atual permite que os islandeses retomem suas rotinas e os danos materiais parecem ter sido mínimos. Como reação ao ocorrido, a população local está otimista quanto à possibilidade de transformar a erupção em um atrativo turístico capaz de impulsionar a economia do local. Dessa forma, é notável como a natureza atua de forma intensa e como a população local se adapta aos eventos que frequentemente acontecem no país. Ao que tudo indica, o episódio da erupção do vulcão ao sul de Reykjavik deixará mais um capítulo na história da Islândia como exemplo da força e do poder da natureza.
