Puerta de la Montaña, uma das organizações mencionadas, estava registrada desde 2015 e, segundo o ministério, não promoveu políticas de transparência na administração da ONG. Como resultado do cancelamento, os bens das organizações passam agora para as mãos do Estado, em conformidade com a lei que regulamenta essas associações, como determinado pela ministra María Amelia Coronel Kinloch.
A polícia deteve onze nicaraguenses e está investigando três americanos por suposta lavagem de dinheiro através da organização para adquirir bens no país. Os americanos John e Jacob Britton Hancock, presidente e membro da instituição, respectivamente, chegaram à Nicarágua financiados por seu compatriota Bruce Wagner, com o objetivo de se estabelecerem como uma organização religiosa evangélica. Além disso, outras entidades canceladas incluem grupos religiosos, bem como organizações agrícolas, totalizando 10 ONGs.
Essa ação é um reflexo da forte postura do governo nicaraguense em relação às organizações não-governamentais desde as manifestações de 2018, quando milhares de organizações foram fechadas, incluindo entidades relacionadas à Igreja Católica. A repressão iniciada naquele ano resultou em mais de 300 mortos em confrontos entre opositores e apoiadores do governo.
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