Os recursos utilizados provêm do Fundo Nacional de Segurança Pública e, desde 1º de setembro, o governo custeou o pagamento de mais de 315 mil diárias, informou o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.
O valor foi aplicado em 482 municípios de 12 estados – Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio de Janeiro e Tocantins. Essas localidades concentram mais da metade dos crimes violentos intencionais do país.
Inicialmente, o governo federal tinha destinado R$ 150 milhões para esse fim, porém, o valor gasto acabou sendo inferior após o ministério receber as demandas dos estados. “Às vezes, o número de policiais não é suficiente para você ocupar toda a expectativa de ação, há estados com contingentes policiais menores”, explicou Alencar.
Além do pagamento de diárias, a Operação Paz inclui apoio a ações de inteligência. Em parceria com as secretarias estaduais, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) promoveu a seleção de 16 mil inquéritos criminais com maior potencial de realização de diligências policiais efetivas.
Segundo Romano Costa, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp, a atuação resultou, até o momento, em 5.865 pessoas presas nos 12 estados participantes da Operação Paz. Dentre os detidos, cerca de 1.455 estão envolvidos em crimes de morte violenta intencional.
Os demais presos estão ligados a outros crimes violentos, especialmente associados ao crime organizado, de acordo com o secretário Tadeu Alencar. Além disso, ele atribuiu à articulação com os governos estaduais uma queda na criminalidade em estados como Rio de Janeiro.
Dados apresentados por Alencar mostram, por exemplo, uma redução de 58,3% no número de mortes causadas por atuação policial no Rio de Janeiro entre 1º de setembro e o fim de novembro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, houve uma diminuição de 23,9% no número de vítimas de homicídios dolosos no Rio Grande do Norte, na mesma comparação.
Nos 12 estados beneficiados com os recursos do governo federal, houve uma redução de 41,5% nos latrocínios, de acordo com o secretário. Esses dados têm como base as informações repassadas pelas secretarias estaduais de Segurança Pública.
