Em declarações feitas nesta quarta-feira (20), o líder rebelde Abdel Malek al Huthi afirmou que, caso os americanos decidam se envolver mais e apontar para o país, eles irão retaliar. Ele disse: “Faremos dos navios de guerra americanos, dos interesses americanos e da navegação americana alvos de nossos mísseis e drones.”
As palavras de avisos foram proferidas após os Estados Unidos indicarem que estão formando uma coalizão internacional para proteger os navios no Mar Vermelho dos ataques dos huthis. Além disso, a Marinha americana informou que o porta-aviões “USS Dwight D. Eisenhower” entrou no Golfo de Áden.
Os rebeldes iemenitas afirmam que realizam esses ataques em solidariedade aos palestinos em Gaza, que sofrem ataques de Israel. Desde o dia 7 de outubro, o Iêmen já realizou mais de 100 ataques com drones e mísseis, com o alvo sendo dez navios mercantes, de acordo com informações do Pentágono. Um porta-voz da Marinha dos Estados Unidos informou que o USS Dwight D. Eisenhower começou a realizar operações no Golfo de Áden.
Nesta terça-feira, um alto funcionário huthi alertou que suas forças atacarão navios de qualquer país que atue contra os rebeldes iemenitas. “Qualquer país que se oponha a nós verá seus navios atacados no Mar Vermelho”, disse Mohammed Ali al Huthi em entrevista ao canal iraniano al Alam.
Essa escalada de tensões no Mar Vermelho preocupa as autoridades dos EUA, que estão aumentando a presença militar na região para proteger os navios no local. Os rebeldes huthis, por sua vez, reforçam sua postura desafiadora e ameaçam atacar os interesses americanos, caso sejam provocados. A situação sugere um possível cenário de confronto, o que levanta preocupações sobre os desdobramentos desse conflito no Iêmen.
