As autoridades interceptaram um veículo britânico em 14 de dezembro, durante a fiscalização. No carro estavam duas pessoas, e, para surpresa dos agentes alfandegários, havia um verdadeiro tesouro estimado em mais de 600 mil euros (cerca de R$ 3,2 milhões na cotação atual).
O motorista, um homem de aproximadamente 50 anos, afirmou aos fiscais que havia partido da Suíça em direção ao Reino Unido. Ele admitiu imediatamente que estava transportando dinheiro em espécie, antes de apresentar um extrato bancário no qual constava o montante de cédulas, títulos, metais preciosos e matérias-primas, sem especificar a quantia transportada.
Ao revistar as bagagens e mochilas, os fiscais descobriram vários lotes de envelopes contendo quatro barras de ouro de um quilo cada e 852 moedas de ouro com as imagens de George V, Edward VII, Victoria e Elizabeth II.
Esse descumprimento da obrigação de declarar dinheiro em espécie no valor de 10.000 euros ou mais ao entrar na União Europeia configura um delito. Inicialmente detidas pela Justiça, as duas pessoas foram libertadas, conforme afirmou a procuradora de Mulhouse, Edwige Roux-Morizot. Uma investigação preliminar foi aberta para esclarecer a origem do tesouro apreendido.
A descoberta dessa grande quantidade de ouro levanta questionamentos sobre a origem e a legalidade do tesouro, uma vez que a quantia encontrada foi muito superior ao limite permitido para não declarar ao entrar na União Europeia. As autoridades estão trabalhando para esclarecer a situação e determinar se há algum ilícito envolvido na posse e transporte desse tesouro. A investigação em andamento promete ser crucial para desvendar os mistérios que cercam essa apreensão inesperada.
