O ressentimento contra a ex-potência colonial vem se intensificando desde o golpe, e a ordem do Níger, em 12 de dezembro, para que os soldados franceses destacados no país no âmbito da luta contra o jihadismo se retirassem antes de 22 de dezembro foi um dos principais motivos que levaram à decisão de fechar a embaixada. O contingente francês no Níger é composto por cerca de 1.500 homens, e os militares que assumiram o poder após o golpe rapidamente exigiram a saída destes soldados e denunciaram diversos acordos de defesa com Paris.
A decisão de fechar a embaixada da França no Níger é considerada extremamente rara. Além disso, o fechamento da representação diplomática implica na demissão e indenização dos funcionários locais. A retirada do contingente militar francês ocorre em um contexto de crescente ressentimento e tensão entre as autoridades nigerinas e a antiga potência colonial.
Segundo as fontes diplomáticas, o ataque à embaixada e o bloqueio das instalações, somados à ordem de retirada das tropas francesas e às tensões crescentes entre as autoridades nigerinas e a França, levaram à impossibilidade de manter a embaixada em funcionamento. A situação no Níger continua sendo acompanhada de perto, uma vez que o país africano tem sido palco de tensionamentos e atritos, especialmente desde o golpe de Estado de julho.