A decisão de incorporar a vacina foi baseada na análise e aprovação da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec). A relação custo-benefício e a questão do acesso foram fatores avaliados pelo Ministério da Saúde, que levou em consideração a necessidade de uma quantidade adequada de vacinas para a população brasileira.
A definição dos públicos-alvo e das regiões com maior incidência da doença para a aplicação das doses será feita pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Também está prevista a entrega de 5,082 milhões de doses da vacina em 2024, com um esquema vacinal composto por duas doses.
O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é indicado para a prevenção da dengue causada por qualquer sorotipo do vírus em pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de exposição prévia.
A decisão de incorporar a vacina ao SUS foi elogiada pelo vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, que destacou a importância da vacina para o controle da dengue no país. Ele ressaltou que a dengue afeta todo o território nacional, e a vacina, juntamente com outras medidas, será um importante instrumento para o controle da doença.
Kfouri também mencionou a faixa etária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a introdução da vacina, sugerindo que a faixa entre 6 e 16 anos de idade seria ideal. Ele destacou que dentro dessa faixa etária, já existem outros imunizantes que podem ser associados à aplicação da vacina da dengue, otimizando os atendimentos nos hospitais.