Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha, o objetivo do governo é garantir o acesso a tratamentos mais modernos contra o câncer para a população mais carente. O estudo clínico é financiado pelo Ministério da Saúde, com apoio de estrutura por parte do Instituto Butantan e investimento de pesquisa da Fapesp e do CNPq.
A terapia celular CAR-T Cell é um avanço no tratamento do câncer no sangue, utilizando as próprias células de defesa do paciente modificadas em laboratório. As células do sistema imune responsáveis por combater agentes patogênicos e matar células infectadas, chamadas linfócitos T, são retiradas, isoladas, ativadas e reprogramadas para identificar as células do câncer. Em seguida, são reinseridas no organismo do paciente para eliminar as células tumorais.
O Estudo Clínico de fase 1/2 vai incluir 81 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B de forma gratuita. O foco do estudo são pacientes que não responderam ou apresentaram o retorno da doença após o primeiro tratamento convencional. A terapia CAR-T desenvolvida no Hemocentro de Ribeirão Preto é direcionada a um alvo específico, o CD19, presente apenas em certos tipos de câncer. Por esse motivo, a imunoterapia não é eficaz em outros tipos de câncer sólidos.
Para participar do estudo clínico, os pacientes devem conversar com seus médicos e solicitar que eles entrem em contato pelo e-mail terapia@hemocentro.fmrp.usp.br, anexando o relatório de saúde do candidato. O pedido será analisado pela equipe médica das instituições participantes e, se o paciente se enquadrar, o médico responsável será avisado.