Presidente do Banco Central prevê queda contínua na taxa de juros para os dois primeiros encontros do Copom no próximo ano

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que o ritmo de queda na taxa de juros, de 0,5 ponto porcentual a cada reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), deve ser mantido nos dois primeiros encontros do ano que vem. A terceira reunião, prevista para maio, traz uma previsão mais incerta.

Campos Neto destacou que a previsão se baseia nas variáveis atuais do cenário econômico, incluindo a queda de preços, a diminuição na taxa de juros de longo prazo no exterior, principalmente nos Estados Unidos, e avanço nas medidas de equilíbrio fiscal do governo brasileiro.

“Com as variáveis que temos, o mais apropriado é o ritmo de corte de 50 pontos nas próximas duas reuniões. Em relação ao cenário fiscal, reconhecemos o esforço do governo, mas ele precisa melhorar. Tem um ‘gap’ entre o que o mercado entende que precisa o governo. Mas não existe uma relação mecânica entre fiscal e a queda de juros”, afirmou Campos Neto.

O Banco Central também detalhou os motivos que levaram à previsão de queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 4,5% em 2023, dentro da meta de inflação estabelecida para o ano. O ritmo de queda inflacionária se baseia em um cenário externo mais estável, principalmente na economia americana, e um recuo no preço das commodities, destacando a diminuição dos custos com energia.

Campos Neto ressaltou a importância do governo em perseguir a meta fiscal e reconheceu os esforços do ministro da Fazenda. Ele parabenizou o avanço com reformas importantes, como a Reforma Tributária, e celebrou a vitória do Senado na aprovação de uma medida provisória que pode render até R$ 35 bilhões para o governo.

Diante desses anúncios importantes e da expectativa positiva em relação à economia, é fundamental que o governo continue focado em alcançar a estabilidade fiscal e em promover reformas estruturais. A previsão otimista para a queda da inflação e a redução da taxa de juros trazem boas perspectivas para a economia brasileira.

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