Em entrevista ao G1, Mayck afirmou ter sofrido racismo, já que outras pessoas estavam entrando no shopping sem problemas, mas apenas ele e seu irmão foram abordados. Ele questionou a atitude dos seguranças, argumentando que não compreendia por que eles poderiam subir e ele não. Quando um supervisor chegou ao local, explicou que ele e o irmão não poderiam entrar pois um decreto previa a proibição de crianças menores de 12 anos de usarem o elevador desacompanhadas por um adulto. No entanto, ambos tinham idade superior à estabelecida e estavam tentando usar as escadas rolantes, não o elevador. Mayck sentiu-se marginalizado e acredita que tenha sido barrado devido à sua cor de pele.
O jovem ficou bastante abalado com a situação, entrando em uma loja chorando, e seu irmão, que presenciava tudo, ficou nervoso e sequer quer mais frequentar o shopping. Nesta sexta-feira, Mayck, juntamente com sua mãe e um advogado, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. A Polícia Civil informou que está investigando o caso como racismo e discriminação, e um inquérito foi instaurado para apurar os fatos.
O RioMar Shopping emitiu uma nota pública de desculpas e se pronunciou sobre o ocorrido, afirmando que o segurança que iniciou a abordagem de maneira equivocada foi afastado de suas funções. No entanto, a empresa SegurPro ainda não se manifestou sobre o caso. Este episódio lamentável reforça a necessidade de conscientização e combate ao racismo estrutural em nossa sociedade, e deve servir como alerta para a adoção de atitudes mais inclusivas e respeitosas em locais públicos como shoppings.