A posição espanhola em relação à iniciativa americana foi anunciada após um encontro entre o presidente do governo, Pedro Sánchez, e o líder da oposição de direita, Luis Alberto Núñez Feijóo. Núñez Feijóo afirmou em coletiva de imprensa que Sánchez indicou que a decisão espanhola é de não intervir, ou pelo menos não intervir nas condições solicitadas pelos Estados Unidos.
Desde terça-feira, o governo espanhol já havia indicado que não participaria unilateralmente dessa coalizão militar. A falta de participação pode ser vista como uma resposta à ameaça dos huthis, apoiados pelo Irã, de atacar qualquer navio com vínculos com Israel que navegue ao longo da costa do Iêmen, em resposta à guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
Além disso, o aumento dos ataques nas últimas semanas nas águas que levam ao Canal de Suez, ponto de passagem de quase 10% do comércio mundial, levou várias empresas de navegação a decidirem desviar seus navios. Apesar da gravidade da situação, o governo espanhol ainda se mantém relutante em participar da coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Enquanto isso, a Espanha segue avaliando a possibilidade de aderir à iniciativa americana, mantendo a máxima prudência para tomar uma decisão em relação à proteção do tráfego marítimo no Mar Vermelho. A posição do governo reflete a complexidade da situação geopolítica e a necessidade de cautela diante de possíveis consequências decorrentes de uma intervenção militar.