Os cientistas coletaram lágrimas escorrendo pelos rostos das mulheres enquanto assistiam a filmes tristes e, em seguida, permitiram que 31 homens cheiraram essas lágrimas. Os homens participaram de um jogo computadorizado usado em psicologia para provocar comportamentos agressivos ao deduzir injustamente os pontos dos jogadores. Os resultados mostraram que o comportamento agressivo foi 43,7% menor quando os homens cheiravam as lágrimas das mulheres em comparação com solução salina.
Os pesquisadores também realizaram testes em um scanner cerebral, que revelaram que após sentir o cheiro das lágrimas, houve mais conectividade funcional entre regiões que lidam com cheiros e agressões, enquanto a atividade nas redes de agressão era menor.
“Noam Sobel, professor de neurobiologia no Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, afirmou que a redução da agressão foi impressionante para eles, e que parece ser real”. Apesar dos resultados, os pesquisadores acreditam que é pouco provável que os produtos químicos presentes nas lágrimas tenham muito impacto nas interações sociais dos adultos. No entanto, eles especulam que a composição das lágrimas pode ter evoluído para proteger os bebês vulneráveis.
O próximo passo do laboratório é tentar identificar o ingrediente ativo nas lágrimas, o que poderia abrir a porta para a fabricação da substância e potencialmente para seu uso para reduzir tendências agressivas.
A pesquisa, publicada na revista científica Plos Biology, traz à tona a questão do impacto das lágrimas femininas na agressividade masculina e estimula mais estudos sobre o assunto. Sua relevância é inquestionável diante das possíveis aplicações práticas que essa descoberta poderia ter no futuro.
Esses achados são de grande relevância e abrem portas para novas pesquisas que exploram o poder das emoções humanas e seu impacto no comportamento. A pesquisa sugere que o cheiro das lágrimas das mulheres pode ter um efeito significativo na agressividade masculina e, quem sabe, possíveis aplicações no desenvolvimento de estratégias para reduzir a agressão por meios não farmacológicos.
