Ex-vice-presidente equatoriano acusado de desvio de fundos pede asilo ao México para proteger sua vida, afirma seu advogado.

Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, solicitou asilo ao México após ser acusado de desvio de fundos em obras contratadas após um terremoto em 2016. O advogado Eduardo Franco confirmou que o ex-vice-presidente está na embaixada mexicana em Quito desde o último domingo, onde permanece como convidado.

Glas é investigado pelo Ministério Público equatoriano pelo caso de reconstrução de Manabí, província costeira no centro do Pacífico equatoriano, que foi devastada pelo terremoto de magnitude 7,8 há sete anos. Além disso, ele foi condenado em dezembro de 2017 a seis anos de prisão por um esquema de corrupção com a empresa Odebrecht e obteve liberdade condicional em 2022.

O advogado de Glas alega que o pedido de asilo é uma medida para proteger a vida e a integridade física do ex-vice-presidente, afirmando que ele corre perigo se for preso, já que o Estado não controla as prisões no Equador. Segundo ele, as prisões equatorianas são afetadas pela violência ligada ao tráfico de drogas, tornando-se centros de operações criminosas e campos de batalha. Desde fevereiro de 2021, houve pelo menos uma dezena de massacres devido a confrontos entre gangues rivais, resultando na morte de mais de 460 detentos.

É importante ressaltar que, segundo a promotora equatoriana Diana Salazar, não há um mandado de detenção contra Glas, apenas um convite para que ele se apresente ao Ministério Público. O motivo do pedido de asilo é a preocupação com a segurança do ex-vice-presidente, que se sente ameaçado no país.

Com a solicitação de asilo, a situação de Jorge Glas ganha destaque na imprensa internacional, levantando debates sobre corrupção, proteção de direitos humanos e segurança pública no Equador. O desfecho deste caso será aguardado com expectativa em meio às acaloradas discussões políticas e jurídicas que envolvem o ex-vice-presidente equatoriano.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo