Fila de caminhões aguarda para entregar ajuda humanitária em território palestino sitiado na Faixa de Gaza.

Os caminhões se alinham na fila de espera, estendendo-se até onde a vista alcança, no posto fronteiriço de Kerem Shalom, entre Israel e a Faixa de Gaza. Aguardando pacientemente para passar pelo controle e entregar os carregamentos de ajuda no território palestino sitiado, os motoristas esperam por horas antes de poderem seguir adiante.

Nesta sexta-feira (22), os jornalistas tiveram acesso a este ponto de entrada, especificamente para a entrega de ajuda humanitária, sob o olhar atento do Exército israelense, que especifica uma visita para a imprensa. Os motoristas, um após o outro, entram em um amplo estacionamento onde suas mercadorias são operacionais antes de poderem atravessar a imensa barreira de separação israelense.

Said Abdel Hamid, um dos motoristas, expressa seu orgulho: “Estou orgulhoso de levar ajuda aos meus irmãos palestinos”. Antes de prosseguir, suas placas e identidade são registradas, e ele responde a algumas perguntas.

Dentro dos caminhões, colchões, cobertores, alimentos e outros suprimentos se destacam, todos com o símbolo do Crescente Vermelho egípcio. Soldados armados, acompanhados por um cachorro farejador, inspecionam aleatoriamente as mercadorias para garantir a segurança do território.

Segundo o Exército israelense, em média, 80 caminhões chegam a Gaza diariamente por Kerem Shalom, aliviando o congestionamento do posto de Rafah entre o Egito e Gaza. No entanto, apesar dos esforços, as ONG e a ONU continuam a anunciar que a ajuda é insuficiente para o território de 362 km², onde vivem 2,4 milhões de pessoas, das quais 1,9 milhões foram deslocadas pelos bombardeios israelenses.

Enquanto a situação continua a se agravar em Gaza, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que exige a entrega imediata, segura e sem obstáculos de assistência humanitária em grande escala na região sitiada. No entanto, Israel respondeu que continuará operando todos os envios por razões de segurança.

A situação é urgente, com a metade da população em uma fase “de urgência”, marcada por desnutrição aguda muito elevada e excesso de mortalidade. A troca de atos hostis entre Israel e o Hamas tem consequências devastadoras para a população palestina, que luta para sobreviver em meio ao conflito.

Enquanto isso, os motoristas egípcios aguardam permissão para entregar seus suprimentos, passando o tempo ao som da música enquanto esperam para fazer a diferença na vida dos palestinos que enfrentam uma crise humanitária sem precedentes.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo