No vídeo, é possível ver a idosa deitada em uma maca, com a cabeça parcialmente escondida por um aparelho oftalmológico. No fundo, é possível ouvir duas vozes, uma masculina e outra feminina, além de um médico que está logo atrás da paciente. O médico acerta a cabeça da idosa pelo menos três vezes, fazendo com que ela levante as pernas por reflexo. Outros funcionários do hospital chegam e um deles segura a perna da idosa, enquanto o outro aparenta falar com o médico agressor.
Segundo informações da BBC, a idosa, que tem 82 anos, teve hematomas roxos na região da testa após a agressão. De acordo com o hospital Aier Eye Hospital, especializado em tratamentos oftalmológicos, a idosa teria mexido os olhos e a cabeça durante a cirurgia devido à anestesia local. Além disso, a paciente falava um dialeto e não parecia entender os avisos feitos em mandarim pelo médico.
Após a repercussão do caso, o CEO da unidade hospitalar foi demitido e o médico, que também era diretor, foi suspenso. As autoridades chinesas estão investigando o ocorrido, em um esforço para apurar todas as circunstâncias envolvendo a agressão.
O filho da vítima afirmou que sua mãe recebeu uma indenização de US$70 após o incidente. Ele também relatou que a idosa ficou cega do olho esquerdo, embora não seja possível confirmar a ligação direta com a agressão. O médico agressor foi suspenso por “graves violações dos regulamentos do grupo”, de acordo com um comunicado do hospital.
É importante salientar que o vídeo foi compartilhado pela médica Ai Fen, que ficou conhecida por comunicar ao público sobre o surto de Covid-19 em Wuhan. Segundo a BBC, a médica está em uma disputa judicial com a rede de hospital desde 2021, alegando ter quase ficado cega de um olho após realizar uma cirurgia de visão no local. No entanto, a Aier nega as acusações. As autoridades continuam investigando o caso, em busca de justiça para a idosa agredida durante a cirurgia.
