A Reserva Indígena Caramuru-Paraguassu tem sido palco de invasões e conflitos de interesses, movidos por fazendeiros e posseiros. A estrada onde o líder pataxó foi emboscado é conhecida por ter sido também o local onde o líder pataxó João Cravim foi executado em 1988, numa situação semelhante. O cacique deixou três filhos e a companheira, e tinha planos de concorrer ao cargo de prefeito nas próximas eleições.
Lucas era alguém descrito como “aguerrido e corajoso”, e era conhecido por mobilizar esportes na comunidade e por ser um defensor da educação escolar indígena. Ele integrava o Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), e seu partido emitiu uma nota exigindo a apuração das circunstâncias de sua morte, assim como acompanhamento por parte do governo federal.
Nas redes sociais, diversas pessoas que conheciam o cacique descreveram sua importância para a comunidade indígena, exaltando sua dedicação à causa. Além disso, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas também se manifestaram, expressando indignação e prometendo acompanhar de perto as investigações para identificar e responsabilizar os autores do crime.
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia afirmou que está tomando providências para apurar o caso, com perícias e investigações em andamento. Ressaltou-se a importância de honrar a memória de Cacique Lucas na luta contínua pela preservação dos direitos e da dignidade dos povos indígenas. A morte do cacique gerou comoção e revolta, luta que agora se volta para buscar justiça e paz para a comunidade indígena.