Morre Robert Solow, ganhador do Nobel em 1987, aos 99 anos nos Estados Unidos

Robert Solow, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1987 por sua teoria de que os avanços tecnológicos, e não o capital e o trabalho, tem sido os maiores impulsionadores do crescimento econômico nos Estados Unidos, faleceu nesta quinta-feira, aos 99 anos, em sua casa em Lexington, Massachusetts.
A morte de Solow foi confirmada por seu filho John.

Solow lecionou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde ele e o colega ganhador do prêmio Nobel, Paul Samuelson, idealizaram o estilo de análise econômica do MIT, que emergiu como uma abordagem líder na segunda metade do século XX e desempenhou um papel importante na formulação de políticas econômicas.

Seu trabalho demonstrou o poder de trazer a matemática para influenciar debates econômicos importantes e de simplificar a análise, concentrando-se em um pequeno número de variáveis de cada vez.

Para além do impacto da sua própria investigação, Solow ajudou a lançar as carreiras de economistas superestrelas, incluindo quatro prêmios Nobel: Peter Diamond, Joseph Stiglitz, William Nordhaus e George Akerlof. “Meu orgulho e alegria”, disse Solow.

Além disso, as teorias acadêmicas do crescimento econômico anteriores aos seus escritos tinham a incômoda implicação de que as economias capitalistas oscilavam sempre entre a expansão e a recessão. Ele observou que “a história do capitalismo não era assim”.

Então, o que explica o crescimento? Empreendedores? Geografia? Instituições jurídicas? Algo mais?
“Descobri, para minha grande surpresa, que a principal fonte de crescimento não era o investimento de capital, mas sim a mudança tecnológica”, disse Solow numa entrevista em 2009.

A estratégia de Solow — seu truque, ele gostava de dizer — era escolher algo de interesse especial e simplificar o papel de todo o resto. O objetivo era compreender completamente o papel de uma “pequena peça do quebra-cabeça”. Esta estratégia de investigação ficou conhecida como construção de “modelos de brinquedo”.
Um dos pontos mais destacados de sua carreira foi em Harvard, onde chegou com uma bolsa aos 16 anos e fez um experimento em botânica. No entanto, ele ingressou no Exército para servir na Segunda Guerra Mundial.

Solow deixa sua grande contribuição para a economia mundial, onde seu trabalho continua até hoje sendo referência. Sua morte é uma grande perda para a comunidade acadêmica e para o mundo da economia. Suas teorias irão perdurar por muitos anos como uma marca de sua influência e relevância, mesmo após seu falecimento.

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