A tecnologia é uma grande aliada em diversas áreas do conhecimento. Com as evoluções e inovações que surgem com o passar dos anos, grandes limites já foram ultrapassados, culminando na quebra de paradigmas. Se aliando a esse contexto de inovação, a inteligência artificial (IA) tem revolucionado a forma como realizamos diversas atividades do cotidiano e, de acordo com especialistas, está gerando um grande impacto em nossa atualidade.
O ChatGPT (Chat Generative Pre-Trained Transformer), desenvolvido pela OpenIA, tem sido um dos pontos iniciais dessa revolução no campo da IA. De acordo com os seus desenvolvedores, a plataforma já conquistou uma audiência de 100 milhões de usuários semanais, superando inclusive o Facebook em termos de tempo para atingir tal marca. A ferramenta tem se mostrado capaz de realizar tarefas que até então eram consideradas exclusivas dos humanos, como escrever poesias, resumir livros, traduzir textos, prover orientações médicas, entre outras.
A rápida consolidação do ChatGPT e sua aceitação em diversas áreas, como a educação e o setor editorial, tem provocado grandes discussões. A detecção de trabalhos produzidos por estudantes com o auxílio de IA tem gerado polêmica, assim como o uso deliberado da plataforma por figuras públicas, como juízes e políticos. Esses casos reforçam a ideia de que, com a evolução da IA, estamos diante de uma mudança de época que, de acordo com especialistas, pode representar um marco na história da humanidade.
Entretanto, devemos encarar a revolução da IA com cautela. Especialistas alertam para os riscos de passarmos de um estágio de Inteligência Artificial Estreita (ANI) para a Inteligência Artificial Geral (AGI), na qual as máquinas podem assumir capacidades cognitivas humanas. Essa transição pode colocar em jogo a própria existência humana, gerando debates acerca dos limites éticos e segurança na utilização da IA.
Podemos dizer que estamos em uma década crucial, na qual marcos históricos serão atingidos, mas que, em retrospectiva, se enquadrarão em uma tendência exponencial. Entender esses limites e riscos é fundamental para que, como sociedade, possamos nos beneficiar da revolução da IA, enquanto minimizamos os eventuais problemas que possam surgir no contexto dessa inovação.
A revolução da inteligência artificial representa, sem dúvidas, um marco em nossa história e, como toda grande inovação, exige uma reflexão crítica sobre os rumos que a tecnologia está tomando. Esse é um debate que deve envolver toda a sociedade e que, das mãos da imprensa, representa um papel fundamental na promoção do conhecimento e conscientização sobre as reais possibilidades e riscos que a IA nos traz.
