Hoje, Milei vive uma realidade muito diferente da que enfrentou em sua juventude. Seu caminho para o sucesso foi árduo, com relatos de dificuldades financeiras e sofrimentos psicológicos e emocionais. No entanto, daquela fase difícil, ficaram um apelido e duas paixões: o apelido “o louco”, adquirido na escola e nas categorias de base do Chacarita, e sua paixão pelo rock, que o levou a formar uma banda.
O argentino estudou Economia na Universidade de Belgrano e teve sua primeira experiência profissional como estagiário no Banco Central. Posteriormente, consolidou sua adesão às ideias libertárias, trabalhando em diferentes campos políticos e econômicos, aproximando-se do círculo de Sergio Massa e Guillermo Nielsen, e trabalhando para o empresário Eduardo Eurnekian na Aeropuertos Argentina 2000.
Além de sua jornada política e econômica, a vida de Milei tem uma veia mística, revelada em suas crenças religiosas e práticas espirituais. Ele afirma que Deus lhe designou uma missão e aproxima-se do judaísmo, estudando a Torá com um rabino como guia espiritual.
Por trás de sua ascensão à Presidência, há também uma jornada emocional pessoal, marcada pela perda de seu cão Conan, o distanciamento de amigos e relacionamentos passados, e a influência significativa de sua irmã Karina, que se tornou um apoio emocional importante para ele.
A entrada de Milei na política foi um reflexo da necessidade de representação de uma parcela da sociedade argentina cansada da liderança tradicional. Carnavalizando um sentimento de raiva e frustração com a casta, ele conseguiu conquistar apoio popular e agora enfrenta o desafio de governar.
Milei enfrentou controvérsias e desafios, como acusações de plágio, vendas de candidaturas, e protestos populares, mas ressalta que a verdadeira prova está em sua gestão como Presidente. Com apenas dez dias no cargo, já enfrentou protestos de movimentos sociais contrários ao ajuste, e está ciente de que o poder de governar é agora o seu principal desafio.