A decisão da Igreja Católica Síria foi apoiada pelas instituições dos ortodoxos gregos e dos ortodoxos sírios (jacobitas), que também limitaram suas atividades natalinas. Em comunicado, os líderes religiosos católicos, jacobitas e ortodoxos afirmaram que, dadas as situações atuais, especialmente em Gaza, não organizariam eventos natalinos.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que os bombardeios e incursões terrestres de Israel naquela área causaram 20.424 mortes, a maioria de mulheres e menores de idade, desde 7 de outubro. Além disso, quase 1.140 pessoas perderam suas vidas em território israelense no ataque sem precedentes do Hamas que desencadeou a agressão israelense.
A situação em Gaza é catastrófica, com a maioria dos hospitais fora de serviço e altos níveis de insegurança alimentar, de acordo com a ONU. O clima triste na capital síria, Damasco, é evidente, onde o espírito natalino este ano se limita a um mercado. A catedral mariamita (ortodoxa) de Damasco colocou uma pequena árvore e decorações simples.
Além disso, os moradores de Damasco estão preocupados com a situação econômica precária no país, com escassez de combustível e cortes de energia frequentes. Rachel Haddad, de 66 anos, lamentou a situação, afirmando que não há eletricidade e que é difícil esperar ver decorações e luzes em qualquer lugar.
A guerra civil na Síria iniciada em 2011 levou à diminuição das celebrações de Natal durante o longo conflito, mas nos últimos anos, houve uma recuperação à medida que os combates diminuíram e o governo de Damasco retomou o controle da maior parte do território. No entanto, o clima sombrio persiste neste mês de dezembro em meio aos desafios econômicos e às tragédias em Gaza e no país.