Ataque israelense deixa 70 mortos em acampamento de refugiados palestinos na Faixa de Gaza.

O ataque israelense ao acampamento de refugiados palestinos na região central da Faixa de Gaza deixou pelo menos 70 mortos e destruiu várias casas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas. No entanto, esses números não puderam ser confirmados por fontes independentes.

Os habitantes de Al Maghazi estão em busca de sobreviventes entre os escombros desde o bombardeio de domingo. Entre os destroços das casas destruídas, podem-se ver depósitos de água destruídos, cabos elétricos emaranhados e árvores arrancadas, como mostram imagens da AFPTV.

Homens se unem em busca de sobreviventes entre os escombros, enquanto outros tentam consolar um homem que chora. Segundo relatos, o ataque destruiu uma casa ao lado, tornando o local um verdadeiro cenário de devastação.

Ziad Awad, um dos sobreviventes, comparou os danos causados pelo ataque a um terremoto. Ele relatou que escapou do massacre por pouco e se disse surpreso com a falta de alerta antes do ataque.

O bombardeio fez com que muitos refugiados deslocados que fugiram dos combates buscando abrigo fossem atingidos. Rawan Manasra, natural de Beit Hanoun, lamentou a perda de cinco irmãos e denunciou que todos os dias há bombardeios, sem nenhum lugar seguro para se proteger.

Os corpos das vítimas do campo de refugiados de Al Maghazi foram levados para o hospital superlotado de Deir el-Balah, onde há feridos sem atendimento adequado. O porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas denunciou o ocorrido como um massacre e afirmou que muitos morreram devido à impossibilidade de atendê-los imediatamente.

Segundo ele, os médicos estão tendo que selecionar os feridos que serão atendidos, e os civis sofrem por falta de médicos, salas de cirurgia, medicamentos e materiais. As denúncias de falta de assistência médica se somam ao cenário de devastação deixado pelo bombardeio israelense.

O ataque ao acampamento de refugiados na Faixa de Gaza evidencia mais um capítulo da grave crise humanitária que assola a região, onde a violência e o sofrimento da população civil têm se intensificado. A busca por sobreviventes e o resgate dos feridos continuam sendo as principais preocupações das autoridades e organizações internacionais diante da iminente escalada do conflito na região.

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