O avião seguia dos Emirados Árabes Unidos para a Nicarágua e foi bloqueado durante uma escala para reabastecimento no aeroporto de Vatry. O voo partiu pouco antes das 15h locais com 276 dos 303 passageiros inicialmente a bordo. Do contingente inicial, 25 solicitaram asilo na França, e dois foram retidos para interrogatório, embora tenham sido liberados pouco depois.
A aeronave foi retida após uma denúncia anônima de que os passageiros eram vítimas de uma rede de tráfico de pessoas. Segundo fontes próximas à investigação, provavelmente, eram trabalhadores indianos nos Emirados que pretendiam chegar à América Central e tentariam seguir para o norte, de forma irregular, para entrar nos Estados Unidos ou no Canadá.
Durante a investigação, os passageiros permaneceram no aeroporto de Vatry, habilitados pelos serviços de Defesa Civil, com camas individuais, banheiros e chuveiros. A situação gerou grande repercussão e preocupação diante da suspeita de tráfico de seres humanos em massa, o que acendeu um alerta entre as autoridades.
O caso chamou a atenção das autoridades francesas, que em conjunto com a empresa aérea e as embaixadas envolvidas, trabalharam para resolver a situação e garantir que os passageiros fossem devidamente atendidos e orientados. O desfecho do caso evidencia a sensibilidade e a complexidade das questões migratórias e de tráfico de pessoas, levando em consideração a importância de se promover um tratamento humanitário e justo para todas as pessoas envolvidas.
A partida do avião para Mumbai marca o fim de um capítulo tenso e preocupante para os passageiros indianos, que esperam chegar a seus destinos com segurança e sem riscos de exploração ou violação de seus direitos humanos. O caso serviu como alerta para as autoridades sobre a necessidade de monitorar de forma mais eficaz e atenta possíveis casos de tráfico de seres humanos em massa e garantir a segurança e bem-estar de todos os passageiros que cruzam fronteiras em busca de uma vida melhor.
