OMS denuncia sofrimento “comovente” de vítimas de bombardeio em hospital na Faixa de Gaza

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na última segunda-feira (25) relatos “comoventes” reunidos por suas equipes num hospital na Faixa de Gaza, onde chegaram as vítimas de um bombardeio em um campo de refugiados. O chefe da agência de saúde da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a equipe da OMS ouviu depoimentos comoventes da equipe médica e das vítimas sobre os sofrimentos infligidos pelas explosões.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que é governada pelo Hamas desde 2007, pelo menos 70 pessoas morreram no ataque ocorrido no domingo à noite em Al-Maghazi, no centro do território palestino. No entanto, o Exército israelense afirma que está “verificando o incidente”, e não foi possível confirmar esse número de forma independente.

No hospital Al-Aqsa de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, muitos corpos estavam alinhados em sacos mortuários brancos antes dos funerais. Centenas de feridos chegaram ao local após o bombardeio, de acordo com o chefe da OMS, que enfatizou que o número de pacientes atendidos pelo hospital ultrapassa em muito sua capacidade em leitos e pessoal.

Sean Casey, membro da missão da OMS, contou ter participado dos cuidados a uma criança de nove anos, chamada Ahmed, gravemente ferida. “Ele foi tratado apenas com sedativos para aliviar seu sofrimento antes de morrer”, descreveu em um vídeo feito no hospital. “Estava atravessando a rua em frente ao abrigo onde sua família estava, e o prédio ao lado foi atingido. Foi atingido por estilhaços e destroços, e seu tecido cerebral foi danificado.”

A situação é de extrema gravidade, e a OMS ressaltou a necessidade de um cessar-fogo imediato para evitar mais tragédias. A comunidade internacional precisa reagir a essa situação inaceitável e pressionar por ações efetivas que levem à paz e à segurança na região. A violência indiscriminada está causando um sofrimento inaceitável para a população civil, e é urgente que medidas sejam tomadas para garantir a proteção das vítimas inocentes.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo