Segundo o último relatório da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC), a temperatura do planeta pode aumentar até 2,6ºC até o fim do século. Tal previsão preocupante destaca a importância de estudar a variação de emissão de N2O, que está diretamente ligada ao fenômeno do efeito estufa.
Gabriela Cugler, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geociências da UFF, chama a atenção para a lacuna de informações sobre o impacto das emissões de N2O pelas florestas naturais. A pesquisadora ressalta que a agricultura e as indústrias são grandes fontes de produção do gás, mas o impacto das emissões das florestas ainda é um ponto nebuloso.
Para preencher essa lacuna, a pesquisa abordou a produção de N2O em diferentes cenários do bioma amazônico, considerando a presença ou não de água e árvores. A doutoranda destaca a importância de entender como a produção do gás funciona em diferentes circunstâncias, como em períodos de seca ou alagamento.
O orientador da pesquisa, Alex Enrich Prast, ressalta a importância de acompanhar as emissões naturais de N2O, especialmente considerando o impacto das atividades antrópicas, como a agricultura e o uso excessivo de fertilizantes. Segundo ele, essas atividades têm contribuído para um aumento significativo na emissão de N2O, intensificando os efeitos da mudança do clima.
Esses dados mostram a importância de estudos como esse, que buscam compreender a dinâmica das emissões de gases estufa em diferentes ambientes, e o impacto dessas emissões no contexto das mudanças climáticas. Chamam a atenção para a necessidade de ações que visem a redução das emissões de N2O e outros gases, visando mitigar os impactos das mudanças climáticas.
