As manifestações tomaram uma dimensão maior na última segunda-feira, quando protestos invadiram uma rua no centro de Belgrado, onde está localizado o Ministério da Administração Pública e a Câmara Municipal. Os manifestantes quebraram as janelas do edifício administrativo e entraram em confronto com a polícia, que utilizou gás lacrimogêneo para dispersá-los.
A revolta dos cidadãos sérvios tem motivos plausíveis: observadores internacionais relataram “irregularidades” no processo eleitoral, incluindo “compra de votos” e “manipulação de urnas”. O partido de Vucic, o Partido Progressista Sérvio (SNS), de centro-direita, afirmou ter obtido uma vitória esmagadora nas eleições, porém, a oposição contesta esses resultados.
O presidente da Sérvia, no cargo desde 2017, é visto como um protagonista na vida política do país e tem sido alvo de críticas dos rivais, que o acusam de adotar uma postura autoritária no cargo e de usar a máquina do governo para impulsionar seu eleitorado.
As alegações de fraude provocaram diversas manifestações ao longo dos últimos dias, com a quebra das janelas do edifício da comissão eleitoral e a greve de fome de membros da oposição como forma de protesto. Os líderes da oposição estão unidos sob a bandeira “Sérvia contra a Violência” e têm exigido a anulação das eleições.
Enquanto isso, a comunidade internacional está atenta aos acontecimentos na Sérvia. Países como Alemanha e Estados Unidos expressaram preocupação com as irregularidades denunciadas, indicando que o país precisa de melhorias no processo eleitoral e ajuda a consolidar a democracia.
A situação na Sérvia também tem recebido atenção do governo russo, que denunciou o que diz ser uma interferência ocidental nos protestos. O deputado da coligação de oposição “Sérvia contra a Violência”, Radomir Lazovic, retrucou afirmando que “Sempre todos os outros são culpados, exceto o governo”.
No entanto, a tensão continua crescendo e a população sérvia segue mobilizada, exigindo uma revisão dos resultados eleitorais. Enquanto isso, as autoridades do país dirigem-se à comunidade internacional, em busca de apoio e acompanhamento sobre os acontecimentos na nação balcânica.