Secretário do Ministério da Justiça afirma que miliciano Zinho tem muito a dizer às autoridades após sua prisão.

Prisão do miliciano Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, gera repercussão no Rio de Janeiro. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, o miliciano tem muito a dizer às autoridades, uma vez que um grupo como o comandado por Zinho não se estabelece sem conexões poderosas. Além disso, ele avaliou que há conexões evidentes entre o cerco feito pela Polícia Federal no braço político da milícia e a entrega do miliciano. A prisão de Zinho se deu após tratativas entre seus patronos, a PF e a recém recriada Secretaria de Segurança Pública.

A prisão de Zinho aconteceu apenas seis dias após uma operação da PF que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados à deputada Estadual Lucinha. A ação, intitulada Batismo, teve como objetivo investigar a participação e articulação política da parlamentar. A advogada da milícia, Leonella Vieira, entrou em contato com a PF para negociar a entrega do miliciano.

O secretário Ricardo Cappelli comemorou a prisão durante a noite, pelas redes sociais, parabenizando a Polícia Federal pelo trabalho realizado. Segundo fontes da PF, ao se entregar, Zinho tentava manter os negócios e conter os danos. Isso aconteceu após a apreensão de documentos e telefones na casa da deputada Lucinha, chamada de Madrinha pelo chefe da maior milícia do Rio, o que representou um revés para a quadrilha.

A prisão de Zinho acontece em meio a uma série de operações policiais para desarticular o grupo paramilitar. Segundo o secretário Ricardo Cappelli, a prisão de Zinho acontece após sucessivas operações policiais para asfixiar o grupo paramilitar. Ele destacou que, com a reunião de inúmeras provas, Zinho acabou sem alternativas que não sua entrega à polícia.

A milícia liderada por Zinho, conhecida como “Família Braga” ou “Bonde do Zinho”, é considerada a maior milícia do Rio. Após a morte de seus irmãos, Wellington da Silva Braga, o Ecko, e Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, nos anos de 2021 e 2017, respectivamente, Zinho assumiu a liderança do grupo. A morte mais recente da família foi a de Matheus da Silva Rezende, o Faustão.

No âmbito político, a deputada estadual Lucinha está envolvida em uma investigação junto com sua assessora, acusadas de se relacionar com a milícia de Zinho. Segundo as investigações, as duas teriam tentado interferir em prol da milícia em algumas situações. A prisão de Zinho, considerado o inimigo número 1 do estado do Rio, é tida como uma vitória das polícias e do plano de segurança, prova de que estamos no caminho certo, afirmou o governador Cláudio Castro.

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