O ataque ocorreu por volta das 22h do dia 25 de dezembro, horário local, próximo à cidade de Armanaz, na província de Idlib, quando aviões de combate russos atingiram casas onde civis estavam abrigados. O socorrista Abdel Halim Shehab, em entrevista à AFP, confirmou que seis membros da mesma família foram retirados dos escombros, sendo o pai, a mãe e três de seus filhos mortos, enquanto uma quarta criança ficou ferida, mas sobreviveu ao ataque.
A província de Idlib é um reduto rebelde onde vivem cerca de três milhões de pessoas e é parcialmente controlada pelo grupo “jihadista” Hayat Tahrir al Sham. Desde outubro, as forças russas e sírias têm intensificado operações na área em resposta a um ataque com drones que resultou na morte de mais de 100 soldados do Exército sírio em Homs.
O conflito na Síria, que começou em 2011 com protestos antigovernamentais, já resultou em mais de meio milhão de mortes e na fragmentação do país. Com o apoio de aliados como Rússia e Irã, o governo sírio conseguiu retomar o controle de grande parte do território.
A situação na Síria continua sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, que demonstra preocupação com o avanço das operações militares e as consequências diretas sobre a população civil. A tragédia envolvendo a família síria atingida pelo ataque aéreo demonstra o impacto devastador do conflito no país, especialmente para as crianças, que estão entre as principais vítimas dessa guerra implacável.
O caso reacende o debate sobre a necessidade de um cessar-fogo e de ações humanitárias urgentes para proteger as vidas dos civis afetados pela guerra na Síria. A tragédia desta família é apenas mais um exemplo das consequências desastrosas do conflito sírio, que já perdura por uma década e ameaça continuar causando sofrimento e morte para a população local.