Fernando Pessoa afirma: “Todas as crônicas de Natal e Ano Novo são piegas”

As cartas de amor enviadas às musas pela Internet são ridículas, constatou o poeta Fernando Pessoa. Ele também afirmou que todas as crônicas de Natal e Ano Novo são consideradas piegas, e que os torpedos apaixonados enviados via WhatsApp, Facebook e Instagram são, sem exceção, ridículos. A controvérsia do poeta é questionável, mas sua influência nas mentes de seus discípulos é incontestável.

Fernando Pessoa era um fingidor, um artista em disfarce, que acreditava na grandiosidade dos navegadores que diziam “navegar é preciso, viver não é preciso”. Ele afirmava que todos são príncipes, apesar das condições mais adversas, em sua crítica à maneira como os poderosos derrubam e recriam as festas de fim de ano em diversas partes do globo.

Neste ano, inúmeras localidades sofreram com o cancelamento do Natal e Réveillon, como Faixa de Gaza, as penitenciárias da Papuda e da Colmeia, a Palestina, a Cracolândia, Ucrânia, e muitos outros locais passaram por altos e baixos no que seria uma celebração de fim de ano. A ordem é dada pelos que têm o poder e a plebe obedece, numa evidente crítica ao sistema social vigente.

O poeta chama os príncipes para unir, para deixar de lado o poder e ponderar sobre a condição humana, em uma tentativa de equalizar a situação das pessoas sob o domínio dos poderosos. Diante de tais pensamentos, recuso-me a escrever um texto banal sobre o Natal, e em vez disso, transcrevo um poema do filósofo e poeta romano Tito Lucrécio que expressa a união na geração de vida.

Por fim, o jornalista menciona o lançamento de seu próximo livro, “PLANETA PALAVRA”, cuja edição primorosa da Companhia Editora de Pernambuco – CEPE estará disponível em breve. O autor reúne crônicas, quase poesias e digressões em seu novo livro, evidenciando a variedade temática que aborda. Esta é uma obra feita com amor e carinho, e o jornalista, escritor e quase poeta assina este artigo com suas conclusões sobre a trajetória natalina.

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