O crime aconteceu por volta das 21h de segunda-feira (17h no horário de Brasília), quando a polícia foi chamada pelos familiares das vítimas para intervir na casa da família. No local, os policiais encontraram a mãe, de 35 anos, e seus quatro filhos – uma menina de 10 anos, outra de 7 anos, um menino de 4 anos e um bebê de 9 meses, todos mortos de forma violenta. A mãe e as duas meninas foram vítimas de múltiplas facadas, e não foram encontrados sinais visíveis de lesões nas crianças, o que leva a acreditar que foram asfixiadas ou afogadas.
De acordo com autoridades locais, as investigações iniciais indicam que houve atos de violência anteriores envolvendo o casal, que estava junto há 14 anos e formalizou a união em outubro de 2023. Um episódio prévio de violência ocorreu em novembro de 2019, quando o suspeito esfaqueou a esposa na omoplata, ao que ela se recusou a denunciar ou aceitar ajuda de uma associação de vítimas de violência, acabando por abrir mão do processo.
O homem, de nacionalidade francesa, disse que “sabe porque estava detido” e mencionou problemas de saúde mental e depressão. Ele está sob acompanhamento psiquiátrico por transtornos depressivos e psicóticos desde 2017, e possui receitas de tranquilizantes em sua residência.
No ano passado, 118 mulheres foram assassinadas por seus cônjuges ou ex-cônjuges na França, enquanto o noticiário recente está marcado por dois infanticídios triplos cometidos pelos pais na periferia de Paris. O caso revela a trágica realidade de vítimas de violência doméstica e feminicídio, o que tem motivado um aumento na visibilidade desses crimes e das lutas em defesa dos direitos das mulheres.
Em média, um feminicídio ocorre a cada três dias na França e as estatísticas apontam para um aumento de 15% nas vítimas de violência de gênero registradas pelas forças de segurança em comparação com o ano anterior. As associações de defesa dos direitos das mulheres interpretam esse aumento como um sinal de que suas reivindicações estão sendo mais ouvidas.
