Repórter Recife – PE – Brasil

Israel intensifica ofensiva na Faixa de Gaza e procura desmilitarizar e desradicalizar o território palestino

Os bombardeios na Faixa de Gaza continuaram nesta terça-feira, 26 de outubro, a fim de desmilitarizar e desradicalizar o território palestino governado pelo movimento Hamas, de acordo com o governo de Israel. A fumaça causada pela ofensiva israelense pôde ser vista na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza. O Ministério da Saúde do Hamas informou que 30 corpos de vítimas dos bombardeios foram levados para o hospital Nasser nas últimas 24 horas.

O Exército israelense afirmou que visou mais de 100 alvos nas últimas horas, incluindo acessos a túneis e posições militares do Hamas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o Hamas deve ser destruído, Gaza precisa ser desmilitarizada e a sociedade palestina desradicalizada como requisitos para a paz entre Israel e a Palestina.

O chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Herzi Halevi, prometeu que a guerra continuará por vários meses e que Israel buscará preservar seus ganhos por muito tempo. Israel também anunciou que estava pronto para intensificar os combates nos próximos dias.

Devido à escalada da agressão, a companhia palestina de telecomunicações informou que houve um novo corte nas telecomunicações fixas e na internet, isolando ainda mais a Faixa de Gaza do resto do mundo.

De acordo com a ONU, a guerra obrigou 1,9 milhão de pessoas, correspondendo a 85% da população de Gaza, a deixarem suas casas. A organização expressou profunda preocupação com os bombardeios e instou Israel a adotar medidas para proteger os civis palestinos.

Desde o início das operações israelenses em Gaza, 20.915 pessoas, em sua maioria mulheres e menores de idade, morreram, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Israel iniciou sua ofensiva após uma incursão de combatentes islamistas que resultou em morte de 1.140 pessoas no sul do país, a maioria civis.

Enquanto a situação se agrava no território palestino, os Estados Unidos anunciaram que bombardearam três posições de grupos pró-Irã no Iraque, provocando tensão em todo o Oriente Médio. Na Cisjordânia ocupada, onde a violência aumentou consideravelmente desde o início do conflito em Gaza, dois palestinos morreram em tiroteios com o Exército israelense. A situação na região pode desencadear uma escalada regional de conflitos, despertando preocupações em autoridades internacionais.

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