O grupo, que apelidou a caravana de “Êxodo da Pobreza”, recebeu apoio de igrejas e moradores locais, que providenciaram alimentos e auxílio para os migrantes. A marcha contou com a presença da Guarda Nacional e da polícia local, além da atenção da mídia internacional.
Um dos migrantes relatou à Reuters a dificuldade de percorrer longas distâncias com sua filha de três anos, que estava doente e não conseguia mais andar. Esse é apenas um dos muitos relatos de condições desafiadoras enfrentadas pela multidão migrante em busca de melhores oportunidades nos Estados Unidos.
O aumento dos fluxos migratórios provenientes da América Central e do Sul tem gerado tensões entre México e EUA, resultando em medidas drásticas por parte do governo norte-americano, como o fechamento unilateral de postos fronteiriços e a promulgação de uma nova lei anti-imigração no estado do Texas.
Em meio a todo esse cenário, os presidentes do México e dos EUA realizaram uma teleconferência oficial para discutir o assunto. Durante o encontro, o governo mexicano enfatizou a necessidade de reabrir as passagens fronteiriças para garantir fluxos comerciais dinâmicos e melhorar a relação econômica entre os países.
Por outro lado, a administração de Andrés Manuel López Obrador tem se posicionado contra medidas coercivas para conter a migração, defendendo uma abordagem colaborativa para resolver as causas estruturais que levam à saída massiva de pessoas de seus países de origem.
Nessa quarta-feira, altos funcionários dos EUA visitarão o México para se reunir com o presidente López Obrador. A reunião deve abordar as “medidas adicionais de cumprimento” exigidas por Washington para reabrir os pontos de passagem na fronteira.
Essa é, no momento, a realidade para milhares de migrantes que continuam sua jornada em busca de uma vida melhor. Durante as festividades de Natal e Ano Novo, eles enfrentam desafios e incertezas enquanto avançam pelo território mexicano, aguardando possíveis desdobramentos e resoluções diplomáticas para a complexa questão migratória.