Os dados divulgados mostram que os pedidos de alteração de nome tiveram início em 2018, após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a medida. Naquele ano, foram registradas 1.129 alterações de registro. Nos anos seguintes, houve um aumento gradual, com 1.848 em 2019, 1.283 em 2020 e 1.863 em 2021. Os números dispararam em 2022, com 3.165 alterações, e continuaram em alta em 2023, chegando a 3.908.
Além das mudanças de nome, também houve um total de 2.169 pedidos de mudança de gênero de masculino para feminino e 1.512 do feminino para o masculino.
Em agosto de 2018, o STF decidiu permitir que transexuais e transgêneros pudessem alterar seus nomes no registro civil sem a necessidade de realizar a cirurgia de mudança de sexo. Antes disso, a alteração era limitada a identificações não oficiais, como crachás, matrículas escolares e inscrições em exames, como o Enem.
Atualmente, para realizar a alteração, os interessados precisam comparecer ao cartório de registro civil de sua região e apresentar documentos como certidão de nascimento ou casamento, documentos pessoais de identificação e certidões solicitadas pelo cartório.
As alterações no registro civil representam uma conquista importante para a população transexual e transgênero, garantindo o direito à identidade de gênero sem entraves burocráticos ou exigências médicas. Espera-se que o aumento no número de solicitações de alterações de nome e gênero represente uma maior aceitação e reconhecimento da diversidade de gênero na sociedade brasileira.