A medida de austeridade, segundo o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar, resultará na perda de emprego para 7 mil trabalhadores. Em seu perfil de rede social, Aguiar afirmou que os sindicatos não aceitarão demissões e que os trabalhadores desempenham tarefas essenciais para garantir o funcionamento de todas as áreas do Estado.
O decreto do governo impede a renovação de todos os contratos que venceriam em 31 de dezembro. Apenas em casos de extrema necessidade, funcionários poderão ter renovações contratuais válidas por até 90 dias. Além da manifestação em Buenos Aires, chamada de Dia Nacional de Luta, os sindicatos organizaram atos em outras províncias, incluindo bloqueio de estradas, greves e assembleias.
Essa medida se soma a uma série de ações do presidente Javier Milei, que tem como objetivo realizar um ajuste fiscal, desregulamentação e diminuição do papel do Estado na economia. Ele também pretende reduzir o déficit fiscal e desvalorizar a moeda, o peso argentino, frente ao dólar.
O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) contém 366 artigos e propõe um plano de estabilização de choque, visando avançar na privatização de empresas públicas. Essas medidas fizeram surgir ações judiciais contra o DNU, questionando a constitucionalidade da norma.
Em relação aos protestos, o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, declarou que o governo utilizará todas as medidas dissuasivas à sua disposição, incluindo o protocolo de ordem pública. Na semana passada, houve restrição para a mobilidade das pessoas durante protestos.
Diante desse cenário de tensão, espera-se que os sindicatos mantenham a pressão contra as medidas do governo, em defesa dos direitos dos trabalhadores afetados. A situação política e econômica na Argentina continua instável, e as manifestações populares se mostram como uma reação às ações do presidente Milei.