A primeira intervenção ocorreu por volta de 1h da manhã, quando a tripulação da embarcação escutou um pedido de socorro de um barco “superlotado” com pessoas desprovidas de coletes salva-vidas. A partir desse chamado, a equipe do SOS Méditerranée usou três barcos para resgatar 122 pessoas, incluindo oito menores desacompanhados. As autoridades italianas indicaram o porto seguro de desembarque em Bari, no sudeste da Itália, para onde o “Ocean Viking” se dirigiu após esse primeiro resgate.
Continuando com a missão de busca e salvamento, a tripulação avistou outra embarcação de madeira e resgatou 106 pessoas, incluindo mulheres, crianças grávidas e crianças. A operação ainda estava em andamento quando um terceiro barco à deriva foi avistado a 26km de distância do navio. Nessa terceira e última rodada de resgates, a SOS Méditerranée atendeu 16 pessoas.
Desde 2016, a ONG já resgatou mais de 39.000 pessoas no Mar Mediterrâneo, principalmente na rota central, uma das mais perigosas do mundo. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), desde janeiro de 2023, 2.678 imigrantes foram reportados como desaparecidos após tentar cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.
A operação do “Ocean Viking” destaca a urgência e a importância das missões de resgate realizadas por organizações humanitárias, uma vez que muitos migrantes continuam a arriscar suas vidas em busca de condições melhores. O trabalho conjunto entre ONGs, autoridades locais, e outras organizações é essencial para garantir a segurança e proteção das pessoas que cruzam o Mar Mediterrâneo em busca de refúgio e melhores oportunidades.